quarta-feira, 25 de maio de 2011

De olho na segurança alimentar

Estávamos eu e meu marido, descontraidamente sentados na lanchonete da faculdade, esperando meu filho sair da aula de francês. Meus olhos, como não podiam deixar de ser, olhavam atentamente uma vendedora ambulante que fica alojada num dos cantos da área externa do local.


Alheia a tudo, diante de tamanha ociosidade, a vendedora pegou o celular e ligou para alguém. O papo foi rápido, porém por tempo suficiente para contaminar suas mãozinhas, que logo depois estavam pegando um dos quitutes para servir a um cliente que acabara de chegar. Aí fiquei lembrando as aulas de segurança alimentar na faculdade. Como agir em uma situação dessas? Em aula, a minha maravilhosa professora certamente diria: "todo consumidor é responsável pela melhora da qualidade do alimento que consome." Completando: numa situação dessas conteste, reclame, explique a importância da segurança alimentar, precisamos melhorar esses hábitos. E eu, certamente estaria de acordo. Mas: e aí? Não era eu que consumia, e sim alguém bem mais interessado em comer o quitute, que em segurança alimentar. A mim, coube apenas ficar olhando, completamente angustiada, por ver as mãos da vendedora buscando o papel, a faca, depois o alimento, parti-lo, encher de recheio, passar para o cliente e receber o dinheiro, contaminando as mãos mais uma vez. Puxa gente, nessa hora, um pouquinho de álcool gel a 70° nas mãozinhas já ameniza, não é mesmo?

É muito difícil abordar um profissional ambulante e passar para ele a necessidade dos cuidados com a segurança alimentar. Quando tenho oportunidade eu falo, mesmo não sendo bem vista, por quem está perto. Tenho fama de intolerante com essas coisas e olho clinico para achar sujeira em tudo, fazer o que? Afinal que raio de cultura é essa, que impede as pessoas de fazer a coisa certa? Lavar, limpar, higienizar, pelo amor de Deus, é tão simples....!!! Digo isso, pq, dias antes do fato da faculdade, havia passado por outro local e vi outra ambulante: essa sim veste-se à caráter e o seu tabuleiro faz gosto de ver. Os produtos são aquecidos por fogo de álcool gel, os quitutes ficam devidamente acondicionados em panelas de inox fechadas e ainda cobertas por espécie de saiotes de tecidos super alvos, e o local – apesar das dificuldades para compor o cenário, ou seja, muita gente, transito intenso, etc., permanece limpo, na medida do possível.

Já a ambulante da faculdade...

Meu marido levantou, pegou minha mão e saímos do local, sem que eu pudesse fazer coisa alguma. Da próxima vez, vou fazer questão de comprar um quitute dessa vendedora para tentar abordar o assunto, isso se meu marido deixar. rs. rs.

Até mais!!!

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